Da última vez escrevi como mãe—do lado recebedor do Dia das Mães. Mas também sou filha e como tal saí, como todo mundo, para procurar presentes para minha sogra-mãe. Não é difícil agradar a Mamãe. Ela consegue apreciar o mero fato de um presente ter sido adquirido para ela—fica contente por ser lembrada, examina a embalagem e seus enfeites (tirando a fita durex com todo o cuidado, o papel sem rasgar e depois dobrando e guardando tudo cuidadosamente), preocupa-se que a gente “gastou dinheiro à toa”.
Depois, ela vê beleza nos mínimos detalhes de cada presente. Entretanto, muito daquilo que recebe acaba sendo guardado numa gaveta por ser “bonito demais para usar” ou porque ela acha que, um dia,
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