Categoria: ‘Família’

Empatia Feminina (3) – Minha Avó Paterna – Segunda Parte

2 de março, 2007

Na semana passada, postei a primeira de uma série de reflexões sobre o impacto que minha avó paterna teve na minha vida. Pensei que seriam apenas duas, entretanto novas recordações e ponderações continuam surgindo…

No meu próximo conjunto de lembranças, Opoe (ôpú) já havia saído da fazenda Ebenézer. Ela não quis ir morar com nenhum dos seus cinco filhos fazendeiros—era praxe entre pessoas do seu nível na Holanda vender a fazenda para algum filho e ir viver das economias numa cidade próxima ao aposentar-se. Foi, portanto, residir com a família da sua filha mais velha, a minha Tia Patrícia, na cidadezinha de Bowmanville (com uns dez mil habitantes, na época). Meu tio era muito jeitoso e modificou a parte da frente da casa para ser um apartamento com acesso separado. Depois, ele foi adaptando tudo para que Opoe pudesse ser independente dentro das suas crescentes limitações. Meus parentes falavam que ele deveria patentear as engenhocas e dispositivos que inventava. Eu tinha pouco com que comparar a sua habilidade e, para mim, isto só comprovava o ditado que “a necessidade é a mãe da invenção” e que a criatividade de algumas pessoas permitia que elas melhorassem situações sem sempre depender de ajuda externa.

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Minha Filha Quer Casar (2) – Refletindo sobre o Primeiro “Casamento”

22 de fevereiro, 2007

Quando comecei esta série estava pensando em usar os eventos preparatórios para o casamento da nossa filha como pontos de partida para postagens. Deus permitindo, isto vai acontecer, pois ainda faltam quatro meses para o grande dia. Mas hoje vamos filosofar um pouco sobre o que a Bíblia nos conta sobre o primeiro “casamento”.

Sendo uma pessoa feliz no meu próprio matrimônio, já há quase 34 anos, sei como é especial ter, e ser, uma pessoa companheira—alguém com quem dividir impressões e reflexões, confidências e sonhos, cargas e responsabilidades, dúvidas, temores e dores. Entretanto, reconheço que existem muitos verdadeiros filhos de Deus que são solteiros, viúvos, abandonados ou descasados (e até pessoas casadas) e que não experimentam tal companheirismo. Para alguns a solidão é algo bem presente e real.

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Empatia Feminina (2) – Minha Avó Paterna – Primeira Parte

19 de fevereiro, 2007

Recentemente escrevi sobre o significado da minha sogra na minha vida. Isto me fez refletir sobre a convivência com outras mulheres da minha família, como minha mãe, irmã, filha, algumas tias… Entretanto, antes de computar e relatar o impacto destas, creio que é melhor iniciar pelo começo, pelas minhas avós, para compor um contexto mais compreensível.

As minhas lembranças das minhas duas avós são bem contrastantes. Uma era para mim o exemplo da avó que eu desejaria ser um dia. A outra, apesar de ser uma senhora íntegra e de valor, nunca a coloquei como o modelo de avó que eu gostaria de emular. Hoje vou falar desta última, mãe do meu pai—a que chamávamos de “Opoe” (pronuncia-se, aproximadamente, ôpú)—um dos nomes para Vovó em holandês. Existem outros—minha mãe preferia que seus netos a chamassem de “Oma”, por exemplo. E, apesar de nunca ter pensado nessa minha avó como exemplo, enquanto ia relembrando suas posturas, os incidentes e momentos da minha juventude em que ela se fez presente, fui percebendo as lições valiosas que aprendi, algumas apresentando um modelo a seguir e outras, apontando atitudes a evitar.

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Minha Filha Quer Casar! (1)– Um Presente bem Especial

15 de fevereiro, 2007

19 de março de 2008. Estou revendo os posts do meu blog, adicionando os assuntos que se aplicam a cada texto. Chegando neste post, fiquei na dúvida se não seria melhor retirá-lo pois, afinal, o casamento do qual falo acabou não se realizando. Os noivos romperam pouco tempo depois e, atualmente, Deus parece estar encaminhando cada um em direção a outro futuro conjuge.  Entretanto, as minhas reflexões aqui falam de altruísmo, que é um assunto importante. Para a mensagem ter sentido, o contexto tem que ficar. Portanto, por enquanto, pelo menos, o post fica…

Segue o post original.

22 de fevereiro de 2007. Daqui a alguns meses, em junho para ser exato, nossa única filha (tenho três outros filhos) pretende casar-se. Portanto, grande parte das nossas vidas está envolvida com as preparações que cercam a cerimônia do seu casamento. E eu, como sempre, fico filosofando sobre cada experiência, sobre o evento em si e sobre relacionamentos. Penso naquele que ela estará estabelecendo; no que temos com ela; como eram os relacionamento conjugais, do passado; e também sobre os relacionamentos daqueles que me cercam, tanto no mundo dos evangélicos quanto na esfera dos que não conhecem a Deus…

Quase tudo que diz respeito ao noivado e ao futuro da nossa menina está fora das “regras” convencionais. De certo modo, ela está trilhando nos passos da mãe, escolhendo seguir um rapaz até o outro lado do mundo. Entretanto, é possível que os desafios que ela enfrentará venham a ser maiores do que os meus—eu, pelo menos, fiquei no lado ocidental da civilização, transferindo-me apenas do norte para o sul. Ela, porém, estará se deslocando do ocidente para o oriente, onde as diferenças são ainda mais intensas. O noivo dela nasceu e mora na Índia.

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Empatia Feminina (1) — A Sogra que Chamo de “Mamãe”

12 de fevereiro, 2007

Alguns dias atrás, a minha sogra me contou uma história. Empolgada com aquilo que ela compartilhou, eu me sentei para falar sobre o relato dela, mas enquanto ia escrevendo, comecei a divagar e filosofar sobre nosso relacionamento—eu com ela e ela comigo, continuando para ponderar sobre alguns outros relacionamentos femininos na minha vida. A história inspiradora inicial e as cogitações que vieram junto, ficarão para outra vez…

Falo quase diariamente com “Mamãe”, pelo telefone. A gente conversa bem à vontade—hábito de muitos anos de convívio. Já moramos longe uma da outra há quase 20 anos, mas ambas lembramos com saudades os 13 em que estivemos juntas—11 dos quais com ela e Papai na casa de cima e nós na casa de baixo. Foram anos bem especiais; eles viram nossos quatro filhos nascer e crescer e contribuíram à sua criação, com cuidados para não interferir, mas apenas complementar. Compartilhávamos uma linha de telefone e arrumamos um sino (grande!) que eles tocavam quando as ligações eram para a gente (havia poucas casas naquela rua na época). Às vezes, ela batia o sino para dar um recado e eu saía para o quintal para ouvir o que ela queria dizer da janela de cima. Ainda me vejo em pé naquele lugar, jogando conversa fora por longos períodos, rindo, compartilhando, ouvindo, relutando para voltar ao meu serviço—maravilhada porque era como se fossemos duas amigas, em vez de que apenas “sogra e nora” e, de certo modo, mais de que “mãe e filha”.

Demorou muito pouco para eu me sentir assim com “Mamãe”

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