Categoria: ‘Reflexões’

Graça e Formosura

4 de abril, 2007

Neste fim-de-semana que passou falei para um grupo de senhoras sobre a aparência feminina, com foco especial em mulheres cristãs cujos maridos estão se preparando para assumir posições de destaque nas igrejas. Construí a palestra a partir de dois artigos, que eu escrevi e que estão postados neste blog (aqui). Hoje quero colocar apenas uns pensamentos complementares ao assunto, sem lidar com os argumentos básicos contra e a favor do adorno feminino…

Para me inteirar do assunto novamente, fui examinando os livros que tenho para mulheres e sobre mulheres, colecionados durante os últimos 35 anos. São uns 50, sem contar aqueles que lidam especificamente com esposas ou mães.

Alguns dos livros são bem recentes. Outros são antigos. Enquanto lia, percebia as diferenças que existem entre algumas opiniões do passado e as de hoje. A leitura me levou de volta ao tempo quando eu era moça, no Canadá, e a maioria das mulheres da minha igreja não usava maquiagem. Eu levava aquilo muito a sério. Cheguei a escrever um estudo sobre o assunto para o grupo de jovens da igreja, defendendo a não utilização. Entretanto, era permitido jóias e bijuterias, roupas atraentes, manga curta, cortar cabelo, fazer permanente… Usávamos chapéus para ir à igreja. E a maioria desses não eram discretos—era um verdadeiro desfile de penas, flores, frutas e objetos tridimensionais e multicoloridos. Mas maquiagem, não podia, de jeito nenhum.

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Pensando sobre Arte e Beleza

16 de março, 2007

Mexendo em alguns papéis, encontrei uma carta que iniciei há um ano, no dia 11 de fevereiro de 2006. Nunca cheguei a completar o meu raciocínio mas enviei a carta daquele jeito mesmo por ser para uma amiga daquelas com quem você bate papo sem grandes preocupações sobre se o que você diz está fazendo completo sentido ou não. Na época eu estava pensando sobre “arte”, com foco especial na capacidade de se escrever bem. Vou copiar e ampliar algumas das cogitações iniciais que fiz naquele dia.

Querida Amiga:
São duas da madrugada, domingo de manhã, e não consigo dormir. São tantas as pessoas e situações que povoam a minha mente… Pensamentos a respeito de cartas que preciso escrever, respostas a coisas que me perguntaram ou disseram… Saí do quarto na ponta dos pés e fui sentar no computador por um pouco de tempo…

Uma das coisas que fiquei pensando é o que você disse sentir quando escreve, e como eu me sinto do mesmo jeito, às vezes. Mas não sei se eu explicaria as minhas percepções do mesmo modo que você.

Tenho tantas perguntas e dúvidas! O que será que é arte? Aquilo que eu considero arte é apenas minha opinião ou podemos nós, como cristãos, chegar a uma conclusão básica sobre o que é a “verdadeira arte”. O que é “arte de qualidade”? O que é arte aos olhos de Deus? E o que é arte aos olhos de Satanás? Não sou nenhum Francis Schaeffer (e faz tempo que li o livro dele sobre este assunto) mas vou arriscar alguns pensamentos.

Tive um curso sobre “Apreciação de Arte” na faculdade

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Empatia Feminina (3) – Minha Avó Paterna – Segunda Parte

2 de março, 2007

Na semana passada, postei a primeira de uma série de reflexões sobre o impacto que minha avó paterna teve na minha vida. Pensei que seriam apenas duas, entretanto novas recordações e ponderações continuam surgindo…

No meu próximo conjunto de lembranças, Opoe (ôpú) já havia saído da fazenda Ebenézer. Ela não quis ir morar com nenhum dos seus cinco filhos fazendeiros—era praxe entre pessoas do seu nível na Holanda vender a fazenda para algum filho e ir viver das economias numa cidade próxima ao aposentar-se. Foi, portanto, residir com a família da sua filha mais velha, a minha Tia Patrícia, na cidadezinha de Bowmanville (com uns dez mil habitantes, na época). Meu tio era muito jeitoso e modificou a parte da frente da casa para ser um apartamento com acesso separado. Depois, ele foi adaptando tudo para que Opoe pudesse ser independente dentro das suas crescentes limitações. Meus parentes falavam que ele deveria patentear as engenhocas e dispositivos que inventava. Eu tinha pouco com que comparar a sua habilidade e, para mim, isto só comprovava o ditado que “a necessidade é a mãe da invenção” e que a criatividade de algumas pessoas permitia que elas melhorassem situações sem sempre depender de ajuda externa.

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Minha Filha Quer Casar (2) – Refletindo sobre o Primeiro “Casamento”

22 de fevereiro, 2007

Quando comecei esta série estava pensando em usar os eventos preparatórios para o casamento da nossa filha como pontos de partida para postagens. Deus permitindo, isto vai acontecer, pois ainda faltam quatro meses para o grande dia. Mas hoje vamos filosofar um pouco sobre o que a Bíblia nos conta sobre o primeiro “casamento”.

Sendo uma pessoa feliz no meu próprio matrimônio, já há quase 34 anos, sei como é especial ter, e ser, uma pessoa companheira—alguém com quem dividir impressões e reflexões, confidências e sonhos, cargas e responsabilidades, dúvidas, temores e dores. Entretanto, reconheço que existem muitos verdadeiros filhos de Deus que são solteiros, viúvos, abandonados ou descasados (e até pessoas casadas) e que não experimentam tal companheirismo. Para alguns a solidão é algo bem presente e real.

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Empatia Feminina (2) – Minha Avó Paterna – Primeira Parte

19 de fevereiro, 2007

Recentemente escrevi sobre o significado da minha sogra na minha vida. Isto me fez refletir sobre a convivência com outras mulheres da minha família, como minha mãe, irmã, filha, algumas tias… Entretanto, antes de computar e relatar o impacto destas, creio que é melhor iniciar pelo começo, pelas minhas avós, para compor um contexto mais compreensível.

As minhas lembranças das minhas duas avós são bem contrastantes. Uma era para mim o exemplo da avó que eu desejaria ser um dia. A outra, apesar de ser uma senhora íntegra e de valor, nunca a coloquei como o modelo de avó que eu gostaria de emular. Hoje vou falar desta última, mãe do meu pai—a que chamávamos de “Opoe” (pronuncia-se, aproximadamente, ôpú)—um dos nomes para Vovó em holandês. Existem outros—minha mãe preferia que seus netos a chamassem de “Oma”, por exemplo. E, apesar de nunca ter pensado nessa minha avó como exemplo, enquanto ia relembrando suas posturas, os incidentes e momentos da minha juventude em que ela se fez presente, fui percebendo as lições valiosas que aprendi, algumas apresentando um modelo a seguir e outras, apontando atitudes a evitar.

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