Arquivo de abril de 2008

Eu Amo “Mitford”

29 de abril, 2008
Toda vez que passo por uma doença ou hospitalização, ou por um período difícil ou triste na minha vida, eu recorro à leitura de ficção. Para dizer a verdade—a alguns livros específicos—os nove volumes da Série Mitford (dos quais existem seis no português).
Mitford.jpg

Já fiz muita propaganda pessoal desses livros, mas cada vez, tenho vontade de escrever algo mais para compartilhar a bênção que desfruto enquanto acompanho as personagens fictícias destes romances imaginados por uma senhora chamada Jan Karon.

Agora mesmo, estou terminando o primeiro volume novamente, talvez pela quinta ou sexta vez. Isto porque estou me recuperando de uma cirurgia feita na terça-feira passada (de varizes, nas duas pernas). Parte da receita para uma boa recuperação é andar pela casa dez ou quinze minutos de hora em hora. E, assim, estou tendo tempo para ler… (Aproveito o tempo na cama, ou na cadeira, para escrever).

Leia o resto deste artigo »

A Minha Vida Ficou mais Florida (7)

27 de abril, 2008

Nesta postagem, transcrevo novamente uma parte do texto que minha sogra escreveu para os netos e intitulou “Memórias de uma Anciã”. Na narrativa de hoje, há uma enorme descrição dos jardins que encontrou na fazenda de membros de uma igreja pastoreada pelo pai. Nem sei se meus filhos chegaram a ler cada nome na relação das plantas que enfeitam as lembranças da sua avó até hoje, pois não reconhecem grande parte delas. Mas, de certo, eles estão bem convencidos que a beleza da natureza é um presente de Deus para nós. É necessário, apenas, que abramos os olhos para percebermos os multiformes aspectos e nuances desse mundo maravilhoso. Eis o texto dela:

—————————-
Fazenda Fandango

Talvez eu já tenha falado da família de um dos presbíteros da Igreja Congregacional de Pirauá — O Sr Manoel Gomes de Andrade (“Seu” Neco). Este era um homem calmo, casado com D. Júlia Araújo de Andrade, (…). A fazenda pertencente ao Sr. Neco, chamava-se “Fandango” (a palavra fandango significa dança alegre e sapateado; baile popular, ao som da viola, folia). Era fazenda de café, muito grande (….).

Na Fazenda Fandango o mundo parecia diferente: as flores eram cultivadas, por toda parte…

impatiens21.jpg

Leia o resto deste artigo »

Na Sala de Espera

22 de abril, 2008
Reflexões em torno de um Aquário

Há quatro dias, acompanhei meu marido ao hospital para ele fazer um exame de ressonância magnética. Enquanto ele preenchia uma tonelada de questionários, eu me aproximei do aquário num lado da sala de espera.

Aquários me fascinam. Toda vez que olho, vejo algo mais. Seres belos, maravilhosos, bizarros, misteriosos… E, sem perceber, absorvo a paz e a serenidade que os donos normalmente pretendem comunicar ao ambiente em que me encontro.

hawkfish.jpg

Não sei quantas vezes na minha vida já tive o privilégio de ficar parada diante do vidro de um aquário com um ou mais dos meus filhos, admirando e comentando o formato, as cores e a variedade dos seres aquáticos ali contidos. Normalmente em momentos de doenças ou de alegrias—em hospitais, clínicas médicas, shopping centers ou restaurantes… Voltando periodicamente à contemplação, quando as minhas tentativas de entretê-los se esgotavam, para descobrirmos mais seres, mais formatos e mais cores; e maravilharmo-nos com a criatividade do nosso Pai celestial, apenas naquele microcosmo do nosso imenso universo.

Meu marido me passa seu celular e entra pela porta do centro diagnóstico a caminho do seu teste…

Leia o resto deste artigo »

A Minha Vida Ficou Mais Florida (6)

21 de abril, 2008

Continuo com a série de postagens citando porções do “livro” da minha sogra para os netos, recordando partes da sua infância. Aqui ela fala de um empregado da família, cuja sintonia com Deus e com a natureza lhe rendeu uma outra preciosidade—amizade e carinho num mundo em que as pessoas, normalmente, não procuram nem cultivam afinidade e afetividade em relacionamentos com os “emergentes” na sociedade – “de cima para baixo”. (A “parte florida” encontra-se no meio do texto.)

Orquideas.jpg

FONSECA — Nosso Empregado. Um irmão na Fé e Amigo

Conheci Fonseca aos meus quatro ou cinco anos de idade. Ele era um negro alto, moço, talvez com uns 25 ou 30 anos de idade. Era magro e feio — rosto comprido, aparecendo os ossos da face — tinha um cacoete estranho — ao falar tremiam-lhe os lábios e músculos ao redor. Convertera-se a Jesus Cristo por uma das pregações de meu Pai, na Igreja Congregacional de Serra Verde. Ele trabalhava na casa do Sr. José Muniz, cuidando dos animais, junto com os filhos do patrão.

Leia o resto deste artigo »

A Minha Vida Ficou Mais Florida (5)

14 de abril, 2008

Nesta série—“Minha Vida Ficou mais Florida”—estou postando várias histórias escritas por minha sogra, para seus netos, derivadas de memórias do seu tempo de menina e moça. Meu propósito é demonstrar como a sua sensibilidade à natureza colore e enriquece as suas lembranças e as nossas vidas. Creio que algumas das minhas leitoras mais idosas, com suas próprias lembranças da vida rural, no “tempo antigo”, irão gostar de serem levadas a mergulharem num passado que, talvez, foi um pouco parecido….

azaleia.jpg

O relato que se segue ocorreu na segunda metade da década de 1930, quando o pai da jovem Valderez era pastor da Igreja Congregacional de Munganga, no estado de Pernambuco. No início, eu pretendia publicar apenas a sua descrição do encanto de uma fazenda vizinha onde a abundância de flores davam um constante ar de dia de festa. Onde havia beleza todos os dias do ano… Mas, depois, resolvi pedir sua permissão para colocar a maior parte da narrativa… Pois, pelo desenrolar dos eventos, por ter ficado acanhada com uma situação e por ter sido causa involuntária de um dano material, ela acabou achando que seria melhor evitar encarar a família das suas amigas…. Assim, nunca mais freqüentou aquele paraíso.

Boa leitura!

Betty

Leia o resto deste artigo »