Meu marido e eu voltamos, há poucos dias, do Chile, onde passamos quatro dias na capital, Santiago. Foram nossas primeiras férias reais em muitos anos—em que saímos sem compromisso algum com emprego, horários, ministério ou família. Foram dias bem agradáveis e escrevi relatos diários para meus familiares. Não pude colocá-los no blog porque fi-los em inglês e não tive, nem tenho, tempo para traduzir tudo.
Uma coisa que nos chamou a atenção foi que os chilenos celebram o “dia dos namorados” na mesma data que os norte-americanos—no dia 14 de fevereiro (contrastando com os brasileiros que comemoram no dia 12 de junho). Portanto, nos vimos cercados por anúncios, salpicados de corações, sobre “el dia de los enamorados”, com oferecimentos de “regalos” de flores, chocolates, perfumes, eletrônicos, cartões e outros objetos.
Fui pesquisar na Internet e descobri que é apenas no Brasil que se comemora o dia 12 de junho. Falam que é porque é véspera do dia de Santo Antonio—o santo casamenteiro—e porque os comerciantes do país precisavam de algo para estimular as vendas num mês muito parado (enquanto que os excessos do carnaval daqui—sempre próximo ao dia 14 de fevereiro—não combinavam bem com o suave romantismo e os votos de eterna ternura e fidelidade tão peculiares à data).
Como é que ficamos no meio disto—meu marido e eu—provenientes de países com práticas diferentes? No fim, não observamos nem um nem outro. Se tivéssemos que optar, provavelmente ficaríamos com a data brasileira, mas acontece que celebramos o nosso aniversário de casamento três dias antes desta, portanto o dia 12 acaba sendo supérfluo. Além disso, ele consegue me surpreender e me alegrar em outras oportunidades e eu também procuro fazê-lo sentir-se amado—nos dias especiais e nos dias comuns.
Fiquei pensando sobre a possibilidade, preciosidade e profundidade do verdadeiro e duradouro amor conjugal (e, ao mesmo tempo, sobre a precariedade dele) quando reli, recentemente, uma história escrita por um dos meus autores favoritos. Chama-se James Herriot. O livro é um de uma série lida e relida por mim e por meu pai (enquanto vivo)—toda vez que precisamos amenizar o nosso lidar com sofrimento e dificuldades. Foram escritos por um veterinário inglês e viraram best-sellers no Reino Unido e na América do Norte nos anos setenta e oitenta, vendendo milhões de cópias. Por alguma razão, o português não está entre as muitas línguas para as quais ele foi traduzido (tem até chinês e islandês entre elas!). Muitas das suas histórias foram adaptadas para TV e lembro-me de ter visto partes de um ou dois capítulos passando na televisão dos meus tios numa visita a Holanda nos anos 70.
As histórias de Herriot foram escritas quando ele tinha mais de 50 anos. Mesclam extraordinária sensibilidade e sabedoria, adquiridas em dezenas de anos de convivência com animais e seus donos, numa área rural da Inglaterra—Yorkshire. Num mundo onde o bem-estar, e até a sobrevivência, dos humanos é sempre ligado a animais—seja como companheiros ou seja como fontes de alimento ou renda (você já percebeu isto?), ele consegue trazer à nossa mente detalhes e elementos que tanto fazem rir quanto chorar (tipo o livro/filme Marley e Eu). São raros os seres humanos que não identificam ou recordam seres ou momentos especiais, do seu passado ou presente, nos textos semi-autobiográficos do James Herriot.
Além de ser amante e salvador de bichinhos e bichões, Herriot convivia bem com seus donos. Apesar de incômodos e irritações com personagens e personalidades difíceis, ele (quase sempre) conseguia enxergar e compreendê-las num contexto maior. Portanto, cultivava paciência e vislumbrava as suas possíveis facetas boas, enquanto procurava relevar as ruins.
Eu sempre tenho creditado grande parte do joie de vivre (alegria de viver) do Herriot ao fato de que ele foi feliz no casamento. É isto que transparece nas suas histórias e que é confirmado pelo filho no livro James Herriot: A Memoir of my Father. Toda vez que leio as histórias de Herriot, sua “Helen” me serve de estímulo e como modelo de esposa. O interessante é que cresci num ambiente rural muito parecido com aquele que ele descreve como sendo o dela, mas, desde que me casei, não me identifico mais com os detalhes do seu dia-a-dia. Afinal, como moradora da maior cidade da América do Sul, encontro-me exatamente na contramão de uma vida ao lado de um veterinário numa área rural. Assim, não posso me espelhar muito nos detalhes, mas sim nas atitudes da vida dela.
Para transmitir quais eram estas atitudes, traduzi algumas páginas do livro “All Things Bright and Beautiful”—(Todas as Coisas Belas e Lindas)
Capítulo 40: Nunca havia sido casado antes e, portanto, não havia nada na minha experiência anterior para usar como referencia. Estava começando a ficar bem óbvio para mim, entretanto, que eu estava muito bem de vida. … Já teria sido o bastante para mim ou para qualquer outra pessoa ser companheiro de uma linda moça que eu amava e que me amava. Mas existiam outros aspectos que não havia esperado.
Esse negócio de ficar estudando o meu conforto, por exemplo. Pensava que isso já tinha saído de moda, mas não com a Helen. Percebi isso novamente, naquela manhã, quando entrei para tomar café. Havíamos finalmente adquirido uma mesa—comprei-a no leilão de uma fazenda e trouxe-a triunfantemente para casa, amarrada em cima do carro—e agora Helen tinha deixado a (única) cadeira para mim e sentado no banquinho alto. Estava equilibrando-se lá em cima, transportando a comida desde a mesa lá em baixo, enquanto esperava que eu ficasse sentado confortavelmente na cadeira. Não creio que eu seja um porco egoísta por natureza, mas não havia nada que podia fazer a respeito daquilo.
E tinha outras coisinhas. A arrumada pilha de roupas que me esperava toda manhã; a camisa limpa e dobrada, com lenço e meias—tão diferente da bagunça dos meus dias de solteiro. E quando eu atrasava para as refeições—o que era frequente—ela não apenas me servia a comida, mas, em vez de sair de perto e fazer outra coisa, colocava tudo de lado e ficava me olhando enquanto eu comia. Ela me fazia sentir como se eu fosse um sultão.
Era esse último hábito que me deu uma dica sobre seu comportamento. De repente, lembrei-me que já havia visto ela sentada assim com o Sr. Alderson (seu pai, viúvo) quando ele comia tarde; sentada com a mesma pose, um braço descansando em cima da mesa, olhando para ele tranquilamente. Ele era um homenzinho bem manso, mas ela havia cuidado com prazer de cada desejo seu, aceitando alegremente que o homem da casa vinha em primeiro lugar; e este costume agora estava me beneficiando.
De fato, comecei a pensar sobre a grande questão de como esperamos que as moças se comportem depois do casamento. Um velho fazendeiro uma vez me deu um conselho sobre como escolher uma esposa: “Dê primeiro uma baita olhada na mãe dela, rapaz!” Tenho certeza que havia verdade naquilo. Mas se eu tivesse que contribuir com algum conselho neste sentido, diria para dar uma boa olhada na maneira em que ela age para com seu pai.
Olhando para ela, aproximando-se para servir o meu café de manhã, fui tomado novamente pela certeza que aquecia meu coração e corpo tão frequentemente—que minha esposa era do tipo que gostava de cuidar de um homem e que eu era um homem de muita sorte.
E eu estava florescendo com este tratamento…. Enquanto dirigia, maravilhava-me sobre a maneira em que ela ligava até para os meus caprichos….
O começo do livro é assim (páginas 1, 8 e 9):
Enquanto entrei na cama e coloquei meus braços ao redor de Helen, me ocorreu, e não pela primeira vez, que havia poucos prazeres no mundo comparáveis a se aconchegar a uma mulher afável quando se está meio congelado.
Não existiam cobertores elétricos na década de 1930. O que era uma pena porque ninguém precisava tanto deles quanto os veterinários rurais. É impressionante quanto frio um homem pode sentir ao ser arrastado da sua cama de madrugada e ter que ficar de manga de camisa dentro de um galpão gelado quando seu metabolismo está num nível baixíssimo. Frequentemente, a pior parte era a volta para cama; eu podia ficar deitado por mais de que uma hora, desejoso de dormir mas sem poder até que meu corpo e pés se descongelassem.
Mas, desde o meu casamento, estas experiências tornaram-se parte do passado. Helen mexia-se durante o sono—havia se acostumado ao fato do marido deixá-la no meio da noite para voltar parecendo um iceberg do Pólo Norte—e, instintivamente, se aproximava de mim. Com um suspiro de gratidão, sentia o calor maravilhoso do seu corpo me envolver e, quase imediatamente, os eventos das ultimas horas começavam a dissipar-se… (Aí segue a descrição de uma visita difícil a uma área descampada, e um fazendeiro que ligava apenas para seu animal e não se importava com o bem-estar do seu veterinário).
… Começava a perceber como eu era abençoado quando voltava para a cama e Helen, em vez de afastar-se de mim como seria natural fazer, deliberadamente enrolava suas pernas e pés ao redor do bloco de gelo humano que era seu marido. Era algo incrível. Valia a pena ter saído, apenas para voltar para isto!
Andei relendo a biografia do Herriot, procurando mais detalhes. Existem vários depoimentos sobre a dedicação da sua esposa no livro que citei, do filho deles, Jim Wight. Com respeito e cuidado, ele também fala de outra mulher na vida do pai—a mãe deste—uma senhora esforçada e diligente, mas bem difícil, que via a nora não como complemento para o bem-estar do filho, mas como concorrente pelas afeições dele. Ficou tão enciumada que nem foi para o casamento deles. O que foi muito triste, porque ambas o amavam de todo o coração. As coisas melhoraram com o passar do tempo e com a chegada dos netos, mas creio que o que realmente facilitou a convivência foi a grande distância geográfica entre elas. E percebo que, provavelmente, o Herriot se impressionou tanto com o carinho com que a Helen o cercava (descrito acima) porque não percebia o mesmo tipo de afeição no relacionamento entre os pais dele (pelo menos, não no mesmo grau).
Herriot valorizava ambas estas mulheres. Mas fica óbvio que havia alguma diferença nas maneiras em que elas lidavam com ele, pois resultaram em respostas diferentes. Lendo os livros, percebo que:
No caso de esposa, ele passou a vida tentando gratamente retribuir o carinho demonstrado.
No caso da mãe, ele passou a vida tentando apreensivamente ganhar/reconquistar/merecer a demonstração do seu carinho.
Talvez o amor da sua esposa possa ser descrito como um amor com expectativas e o da mãe como um amor com cobranças. A Helen não pode ser descrita como uma “Amélia” ou uma boboca que ainda vivia numa época de “repressão feminina”. Era uma pessoa articulada que expressava suas opiniões, posições, gostos, preferências e esperanças. Mas ela parecia entender que o amor verdadeiro não fica diariamente pesando as ações e atitudes da pessoa amada numa balança, para, depois, retribuir (ou revidar).
Ela não limitava suas demonstrações de carinho apenas aos momentos em que ele havia comprovado algum mérito ou merecimento. Em vez de resmungar, soube curtir e valorizar os momentos juntos, exatamente por serem poucos e, muitas vezes, inesperados. Não era um amor que demandava regular reciprocidade, ou em tamanho ou em intensidade. Assim, era capaz de sacrificar-se repetidamente—o que foi tão bem ilustrado pelo simples ato de sempre aconchegar-se ao marido congelado.
Quantos de nós não usaríamos este momento para puni-lo por alguma mágoa ou para impressionar nele que ele deveria respeitar a nossa própria necessidade de descanso ou conforto? Todos nós temos alguma noção de como seria ter uma vida conjugal ideal ou um companheiro perfeito. Mas será que precisamos exigir isto de Deus ou do destino para sermos felizes? Ou será que a verdadeira felicidade existe em ser uma pessoa que se dedica a criar um ambiente alegre, confortável e amoroso para aqueles que lhe cercam e, especialmente, para o nosso companheiro—até que a morte nos separe?
O filho Jim descreveu a morte do seu pai (logo depois das suas bodas de ouro), por causa de câncer de próstata, e disse sobre a sua mãe que ela naturalmente, foi a pessoa que lhe ajudou mais do que qualquer outra. Ela agüentou a aflição de vê-lo deteriorando, devagar, mas continuadamente, cuidando da maior parte das suas necessidades. Desde os seus primeiros dias juntos, ela o apoiou nos tempos bons e nos tempos ruins (a maior parte deles bons), mas nunca a sua devoção ao seu marido brilharia mais do que naqueles últimos meses escuros da sua vida. (página 352).
Como já disse, eu me emociono com os relatos (às vezes, meras menções incidentais no decorrer das histórias) sobre a maneira em que a Helen se relacionava com seu marido, Jim, tentando preencher as suas necessidades, procurando satisfazer seus gostos, agüentando suas idiossincrasias, completando as suas deficiências e ligando para seus caprichos. Emociono-me porque Deus tem permitido que eu também descobrisse vários ingredientes desta receita para a realização e para a alegria.
Peço a Deus que eu mesma, em meio às minhas muitas outras atividades, por mais legitimas, necessárias ou prazerosas que sejam, possa mais e mais ser alguém assim para meu marido. Que as demonstrações do meu amor possam surgir e prosseguir com boa vontade, indo alem de enxergar e cumprir com aquelas que já sei serem minhas “obrigações”, para descobrir e satisfazer novas maneiras de fazê-lo sentir-se especial, amado e precioso.
Que meu continuado compromisso com esta meta seja meu presente do dia dos namorados para você, meu companheiro amoroso há quase quatro décadas. Agradeço a Deus porque você, desde o começo, também assumiu o papel delineado na Bíblia para os maridos. Você sempre encontra inúmeras maneiras de demonstrar a sua dedicação e carinho. Você tem tomado o sacrifício amoroso do nosso Salvador Jesus Cristo (e o continuado empenho deste para fazer sua “noiva” ficar sempre mais bela, feliz e perfeita), como constante exemplo para si.
Sei que, apesar de imperfeita, adentrando a velhice e, por vezes, contenciosa, você procura me valorizar e amar, evitando que as “amarguras” perdurem ou se multipliquem, nem num lado e nem no outro. Você se fez o meu melhor amigo e adoro os nossos bate-papos, quando a minha opinião é consultada e os meus sentimentos são apreciados. Não mereço tanto. Escrevo emocionada—extremamente grata pela segurança e conforto do nosso relacionamento, por sermos “metades” complementares, encaixando-se mais e mais numa união agradável e tranqüila. Eu te amo!
Happy Valentine’s Day!
Abs, Betty
P.S. Eu havia colocado “rabugenta” no lugar de “contenciosa”, mas minha “revisora”—a mãe do meu marido—fez sérias objeções. Não devo, de jeito nenhum, usar uma palavra dessa para me descrever “em público” na Internet! Não é “elegante”, e nem é verdade! Meu marido revisor já tinha sugerido que eu colocasse “por vezes” antes de “rabugenta” para amenizar a força da palavra. Pensei em sinônimos como “rixosa” (arcaica e imediatamente rejeitada), “briguenta” (não!), “ranzinza” (talvez…). Mamãe foi procurar nos enormes dicionários de outrora que eles trouxeram consigo de Recife e voltou sugerindo que eu usasse “contenciosa”. Assim, segui a sua sugestão e, também, deixei o “por vezes”. Mas, pessoalmente, acho que o “rabugenta” me descreve bem (às vezes, e não no sentido, que o dicionário também dá, de “impertinente”, mas de “ranzinza”. Talvez, o mais adequado de todos seria “mal-humorada”.
P.S2. Algumas referencias bíblicas sobre a maneira em que maridos e esposas conseguem agradar a Deus e ser felizes juntos, podem ser encontradas na Bíblia, no Novo Testamento, no capítulo 5 de Efésios e 3 de Colossenses.
Querida Betty!
Esses relatos – o de Herriot e o seu – são muito inspiradores para quem, como eu, nunca experimentou as bênçãos da vida conjugal e se esforça para preparar-se para elas (pois vou me casar daqui a um ano ou dois). Saída de um lar não-cristão, eu já sinto a imensa responsabilidade de iniciar um lar cristão amoroso, dentro dos padrões de Deus. Mas sinto-a com alegria, pois Deus já tem derramado muita graça sobre nós enquanto estamos noivos!
Que Deus continue os abençoando mais e mais! E escreva mais sobre o assunto, sim?
Grande beijo!
Olá Beth,
Gostei muito de seu texto.
Nós publicamos um livro muito interessante sobre casamento em Janeiro. Vou mandar-lhe uma cópia. Estou certo que você vai gostar.
Um abraço para toda família.
Tiago Santos
Querida Betty
Muito bom te ver escrevendo no blog. Já estava sentindo falta.
Louvo ao Senhor pelos quase 20 anos que Elias e eu temos caminhado juntos.
Confesso que tenho nem sempre consigo faze-lo sentir-se o melhor homem do mundo (ainda que eu penso assim…).
Obrigada pela lembrança que suas palavras me trouxeram.
abraços/Lenita
Cara Betty,
Muito bom o texto. Eu e Aguimar apreciamos muito!
Fiquei com duas vontades ao ler o texto:
1) Publicar algo do James Herriot pela Editora Monergismo.
2) Rever vocês.
Um grande abraço,
Felipe Sabino
Querida irmã Betty.
Gostei muito. Sou muito emotivo e debaixo de forte emoção li todas suas palavras. Quero dizer-lhe uma coisa. Quando meus pais já tinham mais de 40 anos de casados (e assim ficaram por mais 9 anos) alguém falou a meu pai – que era muito espirituoso -: “Prof., então foi muito amor durante estes anos todos!”. Ele disse: “Não minha filha, foi teimosia! Teimosia de minha mulher, porque quem me suporta o faz por esta razão”. De fato ele tinha razão, mas havia grande amor de verdade. Por que eu digo isso? Porque vejo que você tem um “amor teimoso” por Solano. E sei que Deus concorda com este tipo de teimosia.
Deus os conserve assim “teimosos de amor”.
Como Sabino, também fiquei com desejo ver este livro citado traduzido para o português.
Manoell Canuto
Olá Betty,
Como já disseram em algum comentário aí pra cima, é muito bom ver um texto novo no blog. Estava sentindo falta de seus conselhos através deles.
Sempre dou uma passadinha por aqui para matar um pouco da saudades de vcs.
Bjs
Helen
Querida, Beth,
Sou leitora do seu blog, há um tempo, e também fico feliz em ver crônicas novas por aqui. Que maravilhoso o seu texto! Rogo a Deus que eu consiga ser como a Helen e como você em meu casamento!
Abraços
Vivian
olá queida irmã Beth,
é maravilhoso poder saber que Deus é perfeito em todas as coisas
fez o casamento
e vcs são prova disto
grande abraço
paz amada irmã
leciley