Duas Vidas, Um Destino—são estas as palavras estampadas com letras elegantes no convite de casamento deitado ao meu lado. No meio da capa duas crianças com olhares alegres e esperançosos parecem posar lado a lado. A imagem é resultado de muitas interações ao redor da procura, troca e escolha de fotos. Parecia um compartilhar do passado que serviria como elo com o futuro. A mensagem demonstra a fé cristã dos noivos e da sua família e, também, a situação diferente que esperavam compartilhar.
O todo, ainda que simples, é resultado de inúmeras horas adicionais montando o layout, procurando papel, envelopes, gráficas, preços, clipes brancos… Dois sábados atrás, minha filha e eu ainda andamos grande parte da “área do 25” atrás destes clipes (só encontrávamos prateados, dourados e coloridos), aproveitando para também examinar e anotar os preços de outras coisas que deveriam ser utilizados no evento.
Entretanto, é um convite que nossos parentes e amigos nunca irão ver. O casamento foi cancelado! Agora estamos na semana pós-rompimento, tentando destrinchar as bênçãos dos prejuízos. Ou melhor, visualizar e agradecer as bênçãos em meio aos prejuízos. Tudo com a certeza que Deus sabe o que faz. Estamos todos convictos disto—inclusive os noivos.
Mas a decisão, que tornou um destino novamente em dois, atinge muito mais vidas em maneiras que ainda estamos contabilizando. Estou com vontade de postar sobre isto daqui a alguns dias ou semanas. Mas não sei se vou conseguir captar a essência e o espírito destes momentos em que enfrentamos as conseqüências do fato que o sonho estampado no convite acabou.
A realidade que sobrou é que aquelas duas lindas crianças que já moram no meu coração, agora adultos, estão seguindo destinos separados—dois destinos. Talvez não seja possível me expressar sem revelar coisas que uma ou outra das várias pessoas envolvidas poderá preferir não ver espalhadas pela Internet. Vamos ver. Por enquanto, estamos tristes. Mas estamos bem, recebedores de tantas demonstrações de carinho e bondade que ficamos emocionados e, até, envergonhados. Peço a Deus que Ele nos faça atentos a cada demonstração do seu amor e sabedoria para que aquilo que estamos aprendendo poderá, agora e no futuro, se transformar em base de conforto para outros sofredores.
É Ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar aos que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus (2 Cor. 1.4).
Betty
Beth, estamos orando por vocês.
Lamentações de Jeremias.
3 – 21 Quero trazer à memória o que me pode dar esperança.
Beijos
Vivian