Pós-Cirurgia de Tireóide (4)

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Quinta-feira, dia 28 de maio. Dia após o Retorno ao Médico

Ontem atravessei a rua e me consultei novamente com o médico que me operou. Coloquei um xale bem bonito (pashmina), presente da minha nora quando nos visitou de Bangladesh, para “enfeitar” meu pescoço. Por sinal, pode-se reconhecer que se está perto de um consultório de um cirurgião de tireóide se perceber um desfile de senhoras com xales, lenços ou echarpes “adornando” (escondendo ou protegendo) esta parte do corpo.

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Depois da minha consulta, pediram para eu esperar para assinar alguns documentos que ainda estavam sendo providenciados. Enquanto aguardava, várias pessoas entravam e saíam. Observei enquanto uma, bem arrumada, mais ou menos da minha idade, parou diante da recepcionista com uma amiga e disse que precisava dos documentos para o tratamento com iodo. Fiquei pensando se ela acabara de ouvir a notícia de que era câncer ou se já estava em meio ao processo de lidar com o fato. Mas sua voz não era rouca e, da minha perspectiva de lado, seu rosto e gestos pareciam serenos. Assim, a Betty Sherlock deduziu, já que ela usava uma echarpe, que fizera a cirurgia, mas há algum tempo, e que já passara pelo primeiro choque.

Uma moça jovem, de uns 25 anos, de aparência simples, sentou no banco diagonal ao meu e começou a preencher um formulário. Eu conversei um pouco com a secretária e olhava o livro que levara. Entraram duas senhoras, com aparência européia. Uma, com esparadrapo no pescoço, sentou-se ao lado da moça, enquanto a outra falava com a atendente.

De repente, a moça veio para meu lado. Pensei que era para deixar lugar para a companheira da sua vizinha, aumentei o espaço e sorri para ela, pegando no livro novamente. Mas ela tocou no meu braço e sussurrou—a senhora já fez a cirurgia? Quando respondi que sim, perguntou—Como foi? Quando foi? Aí expliquei que fazia uma semana e que havia sido muito bom. Afastei o echarpe, mostrei o local da cirurgia e falei que havia doído muito pouco, que o problema maior era a rouquidão, mas que me asseguraram que isto iria passar. Que o pescoço havia doído, provavelmente da posição da cirurgia, mas que estava melhorando. Era como se alguém tivesse derramado bálsamo na sua alma, de tão aliviado que ficou seu rosto. Antes de podermos falar mais, mandaram-na entrar no consultório.

Quando falei sobre isto para meu marido, ele me lembrou que eu havia feito algo parecido quando fomos juntos para o médico, pedindo detalhes da experiência de uma senhora que lá esperava, com bons resultados. Realmente, faz um bem incrível enfrentar uma batalha, sabendo a natureza e o tamanho das dificuldades que podem nos esperar, mas também ciente de pessoas que já lutaram e venceram. Isto tanto na vida física quanto na vida espiritual. É interessante, como essas vitórias e experiências podem ser passadas de pessoa a pessoa, como uma corrida de revezamento…

As outras duas senhoras, antes de cara fechada, haviam ouvido minhas respostas (já que nem sussurrar eu consigo mais!), e começaram a me fazer perguntas também—se eu havia sentido muito calor, por exemplo. Realmente, não. Mas uma outra, que acabara de sair com seu marido, afirmou que ela tinha sentido também. Comparamos as datas da cirurgia. A da “européia” era mais recente. A da outra tinha sido no mesmo hospital no mesmo dia, algumas horas antes de mim. Disse que estava muito bem. Ambas sentiram dores no pescoço. Aí, uma outra secretária apareceu com os documentos, assinei tudo e me despedi, aproveitando para ir na farmácia ao lado antes de atravessar a rua.

Quando cheguei, minha sogra já estava preocupada. Havia ficado a maior parte do tempo na janela, vigiando para ter certeza que não iria desmaiar na rua. Ainda assim, não percebeu nem quando saí, nem quando vim para o lado de cá. Por um lado, fiquei achando que aquilo era totalmente desnecessário, que ela estava se afligindo à toa. Por outro, tenho que reconhecer que é muito bom ter uma “mãe” querendo meu bem, dia e noite, e zelando por mim….

Daqui a pouco, contarei o que o médico fez e disse. Mas, primeiro, vou terminar o relato dos dias anteriores.

Dor. Quando fiz a cirurgia, parecia óbvio para mim que grande parte do meu sofrimento seria na área da garganta da qual teria sido retirado a tireóide. Mas não foi assim. Não sei se enfiaram um monte de anestésico ali, mas, nos primeiros dias, a garganta quase que não doeu por dentro. Em vez disto, a dor principal se localizava no topo das minhas costas, irradiando da coluna para o ombro, quando engolia e quando mexia a cabeça. A nossa teoria é que forçaram a cabeça para trás ou para o lado para tirar meu queixo da frente do pescoço e assim trabalhar. Criaram uma espécie de torcicolo que ainda não passou por inteiro.

Queimação. Havia também muita queimação no meu peito, especialmente na segunda e terceira noite, quando eu procurava deitar de lado. A princípio, achei que vinha de dentro para fora—por causa do dreno que havia sido inserido e depois “arrancado”—mas quando ia mudando o micropore e colocando pomada antibiótica na ferida (duas vezes por dia, como o médico mandou), comecei a observar que a pele estava ficando mais e mais irritada e que a dor vinha quando ela era repuxada pelo adesivo, em função de um movimento ou peso.

Rouquidão. Eu sabia que poderia ficar rouca por causa da cirurgia, já que o crescimento era “mergulhante” junto às minhas cordas vocais. E realmente fiquei, até hoje. Mas eu não esperava as conseqüências da entubação. Uma semana depois, ainda sobe sangrento pigarro, catarro, escarro… (Você já observou alguma vez que todas estas palavras terminam com o som que se ouve quando tossimos e eliminamos a secreção? Tem momentos em que o português é uma língua tão expressiva, com suas palavras onomatopéicas—ou será que estas não podem ser classificadas assim porque apenas o fim emite o som ao qual me refiro?) De qualquer jeito, a secreção está diminuindo aos poucos e tenho chupado minhas pastilhas fielmente. Mas creio que isto também pode estar prejudicando a minha voz.

Cálcio. Outro efeito colateral que não esperava foi o desequilíbrio na distribuição do cálcio no sangue causado pelo mau funcionamento das glândulas paratireóides.  O formigamento da quarta-feira, que já citei, voltou na quinta à tarde, aumentando à noite, logo quando meu marido teve que viajar para Brasília. Foi quando assisti o filme Nannie McPhee, numa tentativa de tirar o foco daquilo que sentia—já que o médico havia falado que a preocupação pioraria a minha situação. Deus me deu paz e eu, finalmente, consegui dormir. Sem acordar com as temidas cãibras. (Eu não estava sozinha dentro de casa; meus sogros estavam aí e nosso futuro genro também—oferecida por nossa filha já que ele mora bem mais perto do que ela).

Carta para o médico. De manhã, resolvi escrever uma carta para o médico. Meu plano era de pedir o e-mail do consultório, através da secretária. Achei que ela poderia passar-lhe minhas observações e perguntas para ele depois me ligar. Assim não precisaria forçar a minha voz e facilitaria a comunicação. Fiz a carta e telefonei, mas, desta vez, ela entrou no time da secretária que me afastou do outro médico, e disse que ele não tinha tempo para ler e-mails, pois estava em consulta. Que ela poderia anotar meu número e ele ligaria de volta. Tentei, com minha voz de robô sem entonação ou modulação, convencê-la que a comunicação seria melhor se ele lesse a carta, mas não houve jeito. Deixei, então, meu número e ele, educadamente, me telefonou de volta do consultório.  (De fato, ele havia me dado o número do celular dele—eu poderia ter ligado até diretamente, se quisesse—mas odeio incomodar médicos. Tenho amigos médicos e amigas que são esposas de médicos e sei como estas interrupções podem atrapalhar a vida profissional e familiar).

Quando o doutor retornou a ligação, falei apenas das três preocupações principais—o formigamento, a pele irritada e a dor na nuca/costas. Ele aumentou a dose de comprimidos (realmente são cápsulas) para cálcio, de 6 mais 3 para 9 mais 6 (ou 3 mais 2 em cada refeição). Em outras palavras, pulei de 9 para 15 cápsulas por dia, apenas de cálcio. Insistiu para eu não ficar preocupada com isto. E mandou fazer exercícios de relaxamento para o pescoço/nuca. Perguntei se poderia colocar compressa quente ali e ele disse que sim.

Com respeito à pele irritada ao redor do furo (a área do corte estava debaixo de um esparadrapo colocado na cirurgia e não estava irritada), ele sugeriu substituir a gaze e micropore por um band-aid.

No consultório médico, aprendi as seguintes coisas:
A biopsia (anatomo patológico) deu “negativo para malignidade”. Isso corroborou o que o cirurgião já havia previsto mas foi bom ouvir/ver a confirmação. Sou muito grata a Deus!

Não havia pontos para tirar da minha garganta. O doutor simplesmente tirou o curativo, passou algo que ardeu e colocou outro. Devo deixá-lo durante duas semanas ou até cair. Posso tomar banho normalmente, evitando esfregar no local. Depois existe um creme para passar (Drenison) para ajudar a cicatriz a desaparecer. Ele também colocou um pedaço da mesma fita em cima do furo do dreno.

São seis meses sem sol em cima da cicatriz. Três com proteção de pano e três com protetor solar bem forte. Senão ela vai escurecer. Vou obedecer ao doutor.

Perguntei porque a área da cirurgia estava mais inchada agora. Ele disse que é porque ainda existem coágulos de sangue ali que não drenaram e que estão sendo absorvidas pelo corpo. Realmente, está ficando mais e mais amarelada também. Agora que estou sem tomar analgésicos, a dor na garganta é bem maior—ao toque e quando mexo/giro minha cabeça. Se ficar muito grande, poderei tomar um Tylenol/Paracetemol. Por enquanto, estou torcendo para que o processo de absorção termine logo. Mas, enquanto permanecer sem febre, creio que estará tudo dentro do normal.

Redução das medicações. Não preciso mais tomar antibiótico, nem o omeprazol, o tylenol… Devo tomar cálcio por mais uma semana apenas, duas cápsulas (oscal e rocaltrol) duas vezes ao dia. (Perguntei sobre as glândulas paratireóides, responsáveis pelo cálcio do corpo. Ele disse que nunca são retiradas, apenas sofrem por um tempo porque são separadas da tireóide; e não parece duvidar nadinha que funcionarão normalmente de novo).

Synthroid. É o nome do remédio que preciso tomar durante o resto da minha vida. Fui informada que é melhor tomá-lo pelo menos 15 minutos antes do café da manhã. Até agora estava tomando imediatamente antes. Assim, fui à procura de uma caixinha para remédios que havia comprado por centavos num yard sale (venda de quintal) nos Estados Unidos e para o qual nunca havia encontrado uso. Coloquei um comprimido (ainda no invólucro) em cada dia da semana e pus ao lado da cama. Ficará como parte do ritual de me levantar todo dia, juntamente com a colocação das meias de suporte.

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Minha voz. O doutor crê que ela irá voltar ao normal. Me fez tossir leve e repetidamente para soltar o catarro e demonstrou que a voz melhorava. Isto me faz lembrar de um momento no hospital sobre o qual esqueci-me de falar. Era cedo na primeira manhã quando entrou uma moça de feições orientais bem simpática que disse que era fisioterapeuta e que iria fazer alguns exercícios respiratórios comigo. Assim me fez inspirar e expirar pelo nariz, depois inspirar pelo nariz e expirar pela boca. Repetidas vezes. A um certo ponto, ela me pediu para colocar a mão no diafragma e empurrar levemente. Me fez inspirar três vezes pelo nariz e depois tossir levemente. Gente, subiu tanta coisa! Sem forçar nada. E sem dor nenhuma. Me senti tão aliviada! Estava com tanto cuidado para não tossir e romper algo indevidamente. Eis uma fisioterapeuta que vale seu peso em ouro—deve ser muito bom ser instrumento desse milagre todo dia naquela ala hospitalar.

Exames para fazer no início de julho: T4 livre, TSH e Cálcio ionizado.

Encaminhamento para a Endocrinologista. O doutor me deu uma carta para a especialista que havia consultado antes de vir até ele. Já marquei a consulta para quarta-feira que vem (03 de junho). Encaixa com o dia em que devo parar de tomar o cálcio.

Dirigir e trabalhar. Tenho que esperar mais uma semana para dirigir. Posso sair e começar a assumir minha vida normal, usando o bom senso. Sem, entretanto, carregar/levantar peso—por pelo menos um mês. Deixe eu ver—a cirurgia foi no dia 19  de maio. Deus permitindo, meu neto chega no dia 17 de junho. Se um mês for de 28 dias, já poderei pegar nele…. ☺

Mais algumas observações.
O lábio já está completamente sarado. Incrível o poder restaurador que Deus instalou em nosso corpo! Ao mesmo tempo em que meu cérebro automaticamente engatilhou certos processos químicos para consertar meu beiço, ele também iniciou outros para cuidar dos ferimentos na garganta e nos órgãos afetadas! Uma rápida olhada neste link sobre cicatrização dá uma idéia da maravilhosa complexidade destes processos que ocorrem em nosso corpo, em menor ou maior grau, diariamente.

Substituição da tireóide por medicação (reposição hormonal). Parece que me adaptei bem a este novo elemento na minha vida.

A voz. Continuo bastante rouca mas sei de pessoas que começaram o processo de recuperação sem voz nenhuma, portanto tenho bastante esperança de poder falar normalmente de novo. Me incomoda não poder transmitir pensamentos de maneira suave através da modulação da minha voz. Ela me parece agressiva e, ao mesmo tempo, se isto for possível,  inexpressiva.

O hospital. Uma moça simpática da SAC do hospital Nove de Julho, com nome de Bruna, ligou para mim para saber se havia ficado satisfeita com os serviços do hospital. Disse-lhe que sim e que havíamos apreciado especialmente o contato com a sala cirúrgica e elogiei outras coisas também. Apenas não me lembrei na hora daquela fisioterapeuta…

Está na hora de parar—se você conseguiu ler até aqui, está de parabéns. Que possa poder colocar as informações no “arquivo morto” dos seus registros mentais por longo tempo ou, melhor ainda, nunca precisar voltar a elas… Mas, se um dia passar por algo parecido, espero que possa estar ciente de que está vivendo na presença do Deus todo-poderoso, por ser filho ou filha dele. Assim, ele estará próximo, dando forças e sentido a cada coisa que acontecer, até o dia do encontro celestial e o início de uma vida eterna onde os echarpes servirão apenas para enfeitar e não para esconder ou proteger.

Abs, Betty

(Continua aqui)

630 Comentários a “Pós-Cirurgia de Tireóide (4)”

  1. Carla Santos disse:

    Oi Betty, realizei tireoictomia total dia 17/10/2016 estou bem, mas com muitos pigarros e tosses. Minha garganta dói muito. Tirei 4 nódulos um com 2cm e meio e dois calcificados. Não foi necessário tomar iodo. Tenho insônia, vou ao médico na terça-feira, teria alguma dica? Obrigada fé na nossa caminhada.

  2. betty disse:

    Olá, Carla. Vai demorar algumas semanas para você ficar totalmente sarada. Por enquanto, o que você está sentindo é “normal”. Que bom que você precisará tomar iodo! Por enquanto, não force a voz e coma coisas em forma de purê ou liquida. Que Deus a abençoe. Abs, Betty

  3. Lúcia disse:

    Boa noite, Betty! Vou fazer cirurgia da tireoide total e gostaria de saber se eu posso cozinhar logo nos primeiros dias pós-cirurgia e o que posso comer. Desde já agradeço! Que Deus continue abençoando a sua vida.

  4. zoraide disse:

    Após a cirurgia de tireóide continuo sentindo desconforto e peso na garganta descobri outro nódulo, o que devo fazer?

  5. betty disse:

    Olá, Zoraide. Creio que você deve voltar para o médico para ver se ele confirma a presença do nódulo ou se há outra explicação. Ou para outro, se não confiar no atual. Espero que resolva sem grandes complicações. Abs, Betty

  6. JP disse:

    Obrigado pelas palavras, Betty. São de muita ajuda e conforto pra quem vai passar ou já realizou o procedimento de retirada da tireoide. No meu caso, meu pós cirúrgico deixou como maior desconforto a questão da voz… Já estou por um mês com rouquidão e ausência de voz em alguns dias! Qual foi o total do seu período de recuperação da voz? Voce teve alguma dica pra lidar com essa situação? um abraço, JP.

  7. betty disse:

    O meu período de recuperação foi de uns três meses, João. No início, eu estava muito incomodada, pois as pessoas estranhavam e ninguém mais me “reconhecia” no telefone. Mas o cirurgião me disse para ter calma e com o passar do tempo, vi que ele estava com razão. Não cheguei a consultar “fono” nem outros especialistas. Mas tenho amigos que precisaram e que foram ajudados por exercícios. Depende de quanto precisaram mexer com suas cordas vocais. Espero que vc consiga melhorar bem. Um abençoado 2017 para você.

  8. ROSEMEIRE disse:

    Olá!
    Tinha muitas dúvidas,sobre o pós operatório, você me ajudou muito com suas resposta.
    Hoje está fazendo 22 dias que fiz a cirurgia,a maior parte dos problemas já passaram.Mas ainda sinto muita falta de ar. Gostaria de saber se você o outra das meninas tiveram isso e se passou com o tempo ou foi preciso ir ao médico?
    Obrigado e um ótimo 2017 para vc e sua família

  9. Daniela disse:

    Você disse que teve uma espécie de edema, mas que o médico disse que ia sumir. Lembra em quanto tempo desapareceu. Operei dia 21/12/16 e ainda estou com um inchaço acima da cicatriz. Parece um “ovinho”. Obrigada!

  10. betty disse:

    Daniela, eu não me lembro quanto tempo levou para o edema sumir. (A cirurgia ocorreu em 2009). Mas, se não sumir em algumas semanas, eu perguntaria a um médico se ele pode ajudar. Espero que vc logo se recupere. Um Feliz 2017 para você e para sua família!

  11. betty disse:

    Eu consultaria um médico a respeito disso, Rosemeire. Falta de ar não é agradável e ele/ela pode e deve oferecer uma solução ou, pelo menos, uma explicação. Espero que logo melhore. Um Feliz 2017 para você e para os seus.

  12. Deyse disse:

    Olá, gostaria de saber quantos dias de atestado dão depois da cirurgia. Pergunto pois dirijo 120km por dia no meu trabalho. Poderei voltar a dirigir já no dia seguinte?

  13. betty disse:

    Olá, Deyse. Você não poderá dirigir no dia seguinte e, provavelmente, não por várias semanas. Mas quem lhe dirá exatamente quanto tempo que precisa ficar sem se esforçar deve ser o doutor que lhe operará. Lembre-se que a parte interna leva mais tempo para sarar do que a parte externa e que a gente pode causar danos às vezes irreparáveis se não seguirmos as orientações médicas. Abs, Betty

  14. Vânia disse:

    Olá, achei por acaso esse site, após ter feito cirurgia de “tireoidectomia total”. Fiz minha cirurgia em 4/05/2017. Quando descobri que precisaria fazer a cirurgia, optei por não procurar informações na internet, por medo. Mas, agora, lendo esse blog, vi que tem muitas informações boas a respeito do assunto. Optei por seguir só as informações repassadas pelo meu cirurgião de cabeça e pescoço. Confesso que quando descobri que tinha um nódulo, com resultado de grau III, com probabilidade de 15% de ser maligno, fiquei assustada. Nunca tinha feito nenhuma cirurgia ou anestesia geral. Após ter realizado o procedimento vejo que acabei me preocupando a toa, pois foi tudo bem tranquilo. A cirurgia em si demorou em torno de duas horas ( o médico que fez a cirurgia solicitou o acompanhamento de um médico da área de Neurofisiologia – com monitor de nervos. Que serve para auxiliar a prevenir que as cordas vocais sejam atingidas) Dessa forma, segundo o cirurgião, ele faz a cirurgia com mais tranquilidade, rapidez e segurança. Sai da sala de recuperação falando normalmente. Fiquei 37 horas sem comer e sem tomar agua para prevenir vômitos ( 12 horas antes da cirurgia e 25 horas após a cirurgia). Acho que isso auxiliou, pois não me deu nem náuseas. Recebi alta após 30 horas de internação. Sentia um incomodo ao deitar a noite, isso na primeira semana. Depois voltou ao normal. A cicatrização que, no momento me preocupa um pouco. O corte em si está bem fino, cicatrizado, só que está meio “duro” na parte superior ao corte. Usei por 30 dias o mecropore, para pressionar o corte. Passados os 30 dias, comecei a usar o Contractubex. Será necessário usar por 60 dias, segundo orientações médicas. Estou tomando o PURAN 112. Farei exame da dosagem de hormônio no mês que vem para verificar se será necessário aumentar a dosagem.

  15. Karina disse:

    Olá. Realizei a retirada total da tireóide dia 18/10/2016.
    Era maligno , porém não foi preciso a iodoterapia.
    Realizei um exame chamado PCI, com iodo. Desde então tomo levotiroxina diariamente ( 162 mg) , e ainda preciso tomar cálcio ( talvez pra sempre) pois mexeu no paratormônio… Sofri muito com as cãibras e formigamentos, as mãos ficam rígidas e tortas quando da crise…sinto tontura e a vista embaçada…mas agradeço a Deus por ter dado condições de cuidar…

    Sou Karina , tenho 31 anos, casada, mãe de dois filhos ( Ítalo 13 anos, ibrahim 8 anos) , cristã . Uma mulher buscando estar preparada para luta….

  16. Janaina disse:

    Ola Rosimeire! Fiz cirurgia em julho de 2017 e teve um dia que senti muita falta de ar em agosto, sem contar que minha voz foi afetada tambem. Ate perdi meu emprego. Fui no cirurgiao e descobriu que a laringe do lado esquerdo ficou paralisado. Estou fazendo fonoterapia e tem apresentado melhoras. Outro fator foi stress e estar em casa me deixou mais calma, a falta de ar diminuiu bastante.

  17. Boa tarde dra. Estou com uma dúvida, fiz a retirada total da tireoide. Deu maligno e tomei o iodo no fim de 2016. Segundo os exames estou curada do câncer, só que estou com uma dúvida- estou tomando o puran 150mg fui fazer o exame de hormônio, o T4 livre dá um resultado de 2,10ng só que o TSH está dando inferior a 0,02, a médica cirurgiã de cabeça e pescoço, disse pra eu continuar tomando esse mesmos remédio, só que estou com anemia e a médica hematologista diz que tenho que mudar a dosagem. Oq eu faço? Estou enchando os pés. Desde já agradeço.

  18. Maria disse:

    Oi fiz uma cirurgia da tireóide o medico tirou só um lado era pra ser total e eu estou com uma mucosa na garganta com sangue alguém ficou assim tem 11 dias de operada estou muito preocupada

  19. betty disse:

    Maria, vc deve ter uma consulta médica ainda para verificar se está tudo certo. Anote e compartilhe com ela/ele o que está sentindo, pedindo explicação e solução. Espero que melhor logo. Abs, Betty (sou apenas uma paciente que passou por isso em 2009 – no meu caso, recuperei bem, mas tive bom acompanhamento)

  20. Beatriz disse:

    Oi, boa noite…gratidão por tantas informações…fiz minha cirurgia dia 18/06/2018, tireoidectomia total, tive alta do hospital dia 20/06 …graças á Deus correu tudo bem…estou tomando o puram T4 de 100 1 x ao dia, pela manhã…e carbonato de cálcio 500 2 x ao dia…manhã e noite…não sinto dormências mas sim cãimbras que me tiram o sono…voltarei na endrócrino em agosto mas antes farei um exame de sangue pra ver como estão os hormônios, se cheguei ao equilíbrio…retiro os pontos dia 04/07… a cicatriz não dói, está sequinha e cheia de casquinha…tipo machucado mesmo…mas o que me incomoda é a voz q ainda está rouca, e se tento falar mais alto daí fico sem…engasgo com facilidade com a própria saliva, não sei se é normal…e estes gominhos acima da cirurgia…tem 2 um ao lado do outro…espero q seja o que vc relatou no seu comentário, q seja sangue coagulado q o organismo ainda há de absorver…estou tbm com mta sensibilidade do queixo até estes 2 gominhos q incomodam tbm …enfim, dia 04 irei tirar todas as dúvidas com a médica…e completar com a endócrino q está marcada para o dia 22/08…até lá espero melhorar mais e mais…Obrigada por compartilhar…um grande abraço…paz…

  21. betty disse:

    Olá, Biazinha. Obrigada pela descrição da sua cirurgia e recuperação. Se for o cirurgião que irá retirar os pontos, é uma boa hora para levar uma listinha de observações e perguntas para saber se tudo está normal, o que deve esperar, e o que deve/pode fazer. Com respeito à voz, a minha estava irreconhecível no início. Levei uns três meses para melhorar, e não precisei de fono. Agora já se passaram mais de nove anos desde a cirurgia e continuo bem (com 66 anos de idade), com a mesma dosagem de hormônio que você, que no meu caso chama-se Synthroid 100. Toda manhã eu me viro na cama, pego uma caixinha em que distribuo uma semana de comprimidos, e engulo um. (A caixinha com os dias da semana me ajuda a certificar se eu realmente tomei). Que Deus a abençoe. Abs, Betty

  22. Beatriz disse:

    Oi Betty, bom dia querida…hj retornei no médico, não tive q retirar os pontos, ela disse que foi colado e que as casquinhas irão sair com o tempo…posso já andar na rua sem proteção, mas sempre com protetor solar, mas nada q um cicatricure não de jeito né…rs…mas até q ficou pequena devido a quantidade de nódulos e o bócio maior q media 7,5 cm…sim, fiquei sabendo hoje q era o maior e estava no istmo…minha biópsia deu negativa pra maligno…Amém por isso…graças á Deus…e no mais, disse q os gominhos irão desinchar com o tempo…em cima e embaixo e que no mais é vida q segue…ainda no resguardo…sem pegar pesos e atividades físicas, e sempre agora com a endócrino…no qual aguardo a consulta pra saber se a dosagem deu certo do puram…enfim…estou mto feliz de estar bem e de ter corrido tudo bem…e tbm lhe sou grata…pela paz q meu deu com seus posts e de todos aqui…mto útil, instrutivo e confortante seu blog, continue assim, abençoada e abençoando querida…um grande abraço, de sua fã …paz e um bjão na fuça querida… :**

  23. tais daltrini disse:

    retirei a tireoide no dia 17/04/2018. Estou otima. O unico problema que está acabando comigo é uma fibrose pós cirurgica que não cede. Estou fazendo drenagem com ultrassom 3 vezes por semana e não consigo ver melhora.Por favor, se alguem passou por isso me oriente. Muito obrigada.

  24. Rosilene disse:

    Fiz a cirurgia da retirada total tireóide no dia 04.09.18, hoje está fazendo 8 dias, muito dolorosa essa cirurgia, estou tendo muitas dores de cabeça e na nuca, além do desconforto no local do dreno e nos pontos. Já estou conseguido comer melhor, garganta está melhor tambem, estou falando baixo, porque não atingiu minha fala. Aguardando o resultado da biópsia, no meu caso médico disse que tinha possibilidade de ser maligno. Peço a Deus que abençoe para aceitar o que for da sua vontade.

  25. Elisa goes disse:

    Ola fiz a cirurgia total da tireoide, gostaria de saber se há alguma pastilha p aliviar o desconforto da garganta .

    Grata

  26. Conceição de Maria disse:

    Oi Betty. Fiz a cirurgia de retirada total da tireóide e correu tudo bem. Só fiquei com uma tontura qdo faço algum movimento brusco, parecido com labirintite (que já tive tempo atrás). Meu médico diz que é norma, que vai passar. Seu artigo foi mto esclarecedor. .tu bom. Obrigada pela sua iniciativa que me ajudou mto e acho que a mta gente tb. Bjs

  27. Leonora disse:

    Fiz a cirurgia de retirada total da tireoide, 5 de novembro de 2018, minha recuperação graças à Deus foi muito satisfatória, fiquei no hospital 48 horas após a cirurgia, estou com 19 dias pós cirúrgico faço as minhas atividades com algumas limitações previstas, sinto um pouco de falta de ar, canso muito ao falar e também sinto tonteiras em movimentos bruscos, mas como de tudo e vou ao mercado, faço comida, dentro das minhas limitações que a cada dia melhoram gradativamente, ainda tenho rouquidão, porém tenho procurado me conhecer de uma maneira evolutiva a cada dia que se passa!!!

  28. betty disse:

    Obrigada pela participação, Leonora. Espero que vc continue melhorando. Se estas tonteiras, falta de ar e cansaço e rouquidão ao falar continuarem, volte ao médico, ok? Abs, Betty

  29. betty disse:

    Olá, Conceição. Obrigada pelo agradecimento. 🙂 Desculpe a demora em responder. Espero que a sua tontura já passou e que você voltou a uma vida normal e até melhor, aproveitando cada dia que Deus lhe permitir. Abs, Betty

  30. Liliani disse:

    Oi
    Fiz TT dia17/12 e fiz esvaziamento cervical
    Estou com o pescoço muito inchado ainda e dói o ombro
    Meu pescoço está duro deu um atrofiamento a endocrinologista disse que foi por eu não ter mexido por muito tempo, eu estava com dreno e medo de me mexer e deslocar aquilo, doi,, tá bem difícil.

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