Categoria: ‘Relacionamentos’

Duas Vidas, Dois Destinos

27 de abril, 2007

Duas Vidas, Um Destino—são estas as palavras estampadas com letras elegantes no convite de casamento deitado ao meu lado. No meio da capa duas crianças com olhares alegres e esperançosos parecem posar lado a lado. A imagem é resultado de muitas interações ao redor da procura, troca e escolha de fotos. Parecia um compartilhar do passado que serviria como elo com o futuro. A mensagem demonstra a fé cristã dos noivos e da sua família e, também, a situação diferente que esperavam compartilhar.

O todo, ainda que simples, é resultado de inúmeras horas adicionais montando o layout, procurando papel, envelopes, gráficas, preços, clipes brancos… Dois sábados atrás, minha filha e eu ainda andamos grande parte da “área do 25” atrás destes clipes (só encontrávamos prateados, dourados e coloridos), aproveitando para também examinar e anotar os preços de outras coisas que deveriam ser utilizados no evento.

Entretanto, é um convite que nossos parentes e amigos nunca irão ver. O casamento foi cancelado!

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Tesouros Inesperados na Bíblia da minha Mãe…

11 de abril, 2007

Apesar de termos inúmeras estantes e armários para guardar nossos livros e papeis, ainda falta espaço para arquivar tudo o que possuímos. Na área de serviço temos pilhas de caixas com cartas, objetos e documentos do passado. Já que estamos pretendendo encontrar um lugar menor para morar, peguei duas delas para ver se eliminava parte do seu conteúdo. A primeira contém uma pequena parte do arquivo vertical que montamos no passado—está cheia de pastas sobre uma série de assuntos teológicos, sociais, históricos…

Mostrei-a a meu marido que, após passar meia hora fascinado com o conteúdo de apenas uma única pasta, declarou que não queria se desfazer de qualquer outra na caixa! Depois, fui eu mesma que decretei que a outra também não tinha nada descartável. Resultado do dia—duas caixas ainda cheias! Portanto, nenhum progresso aparente…

A segunda caixa contém objetos ligados aos meus pais.

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Minha Filha Quer Casar (3) — Os Pais dele… Os Pais dela…

28 de março, 2007

Toda vez que um filho vai casar, além do peso de todos os preparativos, existe uma outra área complicada. Refiro-me ao convívio entre os futuros sogros. Quando o casal mora na mesma cidade ou relativamente próximo, é muito fácil haver desentendimentos sobre os detalhes do evento. As decisões relativas a várias áreas acabam sendo transmitidas através do futuro genro ou da futura nora e nem sempre chegam ao destino do jeito que a gente gostaria. No meu próprio caso, os dois casais de sogros moravam em continentes diferentes e só se conheceram dois dias antes da cerimônia. Depois, meus pais se limitavam a dar graças porque os pais de Solano e eu nos amávamos mutuamente. Estes, por outro lado, estavam sempre sugerindo notícias e fotos para eu retransmitir a eles e, de vez em quando, a Mamãe daqui escrevia cartas contando sobre os netos para a mãe de lá poder participar um pouco melhor no desenvolvimento deles.

No momento me parece que, dos nossos quatro filhos, apenas um vai residir próximo.

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Pensando Alto – Sobre um Senhor Chamado Jean-Jacques Rousseau

5 de março, 2007

Ontem foi domingo e, como sempre, fomos para a nossa igreja e a escola dominical de manhã e participamos do culto à noite. Já que sou do tipo que procura fazer duas coisas ao mesmo tempo, peguei na nova Revista VEJA e fui folheando-a enquanto secava e ajeitava os cabelos. Deparei-me com um artigo por Anna Paula Buchalla chamado “Salvos pela ‘roda’”. O subtítulo diz “Hospitais europeus instalam uma versão moderna da ‘roda dos enjeitados’, para receber bebês abandonados”. Segue uma descrição de um berço aquecido no lado externo de hospitais, com sensores que alertam quando alguém deposita uma criança nela.

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Empatia Feminina (3) – Minha Avó Paterna – Segunda Parte

2 de março, 2007

Na semana passada, postei a primeira de uma série de reflexões sobre o impacto que minha avó paterna teve na minha vida. Pensei que seriam apenas duas, entretanto novas recordações e ponderações continuam surgindo…

No meu próximo conjunto de lembranças, Opoe (ôpú) já havia saído da fazenda Ebenézer. Ela não quis ir morar com nenhum dos seus cinco filhos fazendeiros—era praxe entre pessoas do seu nível na Holanda vender a fazenda para algum filho e ir viver das economias numa cidade próxima ao aposentar-se. Foi, portanto, residir com a família da sua filha mais velha, a minha Tia Patrícia, na cidadezinha de Bowmanville (com uns dez mil habitantes, na época). Meu tio era muito jeitoso e modificou a parte da frente da casa para ser um apartamento com acesso separado. Depois, ele foi adaptando tudo para que Opoe pudesse ser independente dentro das suas crescentes limitações. Meus parentes falavam que ele deveria patentear as engenhocas e dispositivos que inventava. Eu tinha pouco com que comparar a sua habilidade e, para mim, isto só comprovava o ditado que “a necessidade é a mãe da invenção” e que a criatividade de algumas pessoas permitia que elas melhorassem situações sem sempre depender de ajuda externa.

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