Categoria: ‘Relacionamentos’

A Minha Vida Ficou Mais Florida (10)

12 de maio, 2008
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Olhem o que recebi na sexta-feira! Com um lindo recado para mim do meu primogênito, longe de mim, no outro lado do mundo, em Bangladesh. Serviu para enfeitar a sala do almoço do Dia das Mães com a metade da família que continua no Brasil (e com mais alguns “sogros”–atuais ou futuros–dos filhos). Tenho tantas bênçãos para agradecer! E estas flores são um bom lembrete da importância de perceber beleza e de transmitir carinho, nos dias bons e nos dias ruins.

Betty

De Geração a Geração—Lembrando da Minha Mãe

10 de maio, 2008

Amanhã, além do Dia do Senhor, vamos celebrar o Dia das Mães. Isto, é claro, me faz recordar a minha mãe. No fim de julho, já serão 20 anos que ela partiu. E falta pouco mais de um ano para eu chegar à idade que ela tinha na nossa despedida. De certo modo, era nova ainda quando faleceu… Nunca chegou a ser legalmente classificada como idosa…

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Três Gerações, Gertrude, Betty, Grace (1983)

Quando morávamos em Recife, a igreja tinha um costume. No dia das mães, senhoras da auxiliadora ficavam na porta, distribuindo cravos. Cravos brancos para as pessoas cuja mãe já era falecida. Cravos vermelhos para mãe viva. Eu sempre pregava o vermelho no peito, alegremente, imaginando que faria isto por muitos anos ainda. Afinal, até as minhas avós continuavam vivas.

Não morávamos mais em Recife na primeira vez que celebrei o segundo domingo de maio depois do seu falecimento. Lembro-me de ter visualizado mentalmente a ação de escolher e colocar o cravo branco. Estava feliz, por um lado, por não ter que fazer isto de fato. Estava triste, por outro lado, por não poder externar a minha saudade. Mas eu tinha quatro filhos me homenageando do seu jeito infantil. E possuía uma maravilhosa sogra que, há anos, me tratava como filha….

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A Minha Vida Ficou Mais Florida (6)

21 de abril, 2008

Continuo com a série de postagens citando porções do “livro” da minha sogra para os netos, recordando partes da sua infância. Aqui ela fala de um empregado da família, cuja sintonia com Deus e com a natureza lhe rendeu uma outra preciosidade—amizade e carinho num mundo em que as pessoas, normalmente, não procuram nem cultivam afinidade e afetividade em relacionamentos com os “emergentes” na sociedade – “de cima para baixo”. (A “parte florida” encontra-se no meio do texto.)

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FONSECA — Nosso Empregado. Um irmão na Fé e Amigo

Conheci Fonseca aos meus quatro ou cinco anos de idade. Ele era um negro alto, moço, talvez com uns 25 ou 30 anos de idade. Era magro e feio — rosto comprido, aparecendo os ossos da face — tinha um cacoete estranho — ao falar tremiam-lhe os lábios e músculos ao redor. Convertera-se a Jesus Cristo por uma das pregações de meu Pai, na Igreja Congregacional de Serra Verde. Ele trabalhava na casa do Sr. José Muniz, cuidando dos animais, junto com os filhos do patrão.

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A Minha Vida Ficou Mais Florida (4)

10 de abril, 2008

Ontem e hoje, tenho participado (na platéia) de palestras relacionadas ao darwinismo (mais informações aqui). Estão acontecendo num ambiente que dá voz a várias perspectivas. Escutei o proponente do darwinismo, um senhor bastante sério e preparado mas que, obviamente, parte do princípio que não existe um Deus criador. Que tudo saiu do nada, pelo acaso. Fiquei tão triste por ele…

Também creio que tudo saiu do nada (ex nihilo). Mas não pelo acaso. Houve/há um Criador. E Ele se revela a mim não apenas através da beleza e harmonia da natureza mas também por revelação escrita. E a maravilha da perspectiva bíblica é que eu conheço as minhas origens, sei o meu destino e me deleito em propósito e significado.

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Enquanto eu sentava e escutava, e anotava, e avaliava, eu lamentava pelo palestrante e pelos milhões de outros que são levados a negar e rechaçar esta preciosa compreensão… E minha mente voltou a algo escrito por Mamãe Valderez nas recordações das quais já falei antes, pois ontem passei um bom tempo pescando os trechos que falam da sua empolgação com a beleza da natureza em tantas fases da sua vida. A princípio, havia pensado em postar isto por último, como conclusão dos seus pensamentos. Mas agora sinto necessidade de compartilhar a oração de adoração que jorrou do seu coração ao encerrar um relato sobre como sobreviveu à febre tifóide quando era uma menina de sete ou oito anos.

Ela pergunta a Deus por que lhe poupou—porque permitiu que ela tanto vivesse. Ela não sabe a resposta mas as linhas seguintes demonstram a intensa necessidade que sente para reconhecer e agradecer a presença, participação e bondade divina em todos os pormenores da sua vida. E ela vai listando… E quando chega na grandiosidade das “obras das suas mãos” ela não consegue apenas falar em termos gerais. Tem que vasculhar a memória para apontar não apenas os seres humanos mas também nomear os outros seres vivos—plantas, aves e animais que Ele permitiu que se destacassem nas suas lembranças por sua beleza ou singularidade.

Vejamos a narrativa (cabe informar que, além de pastor e fazendeiro, seu pai era farmacêutico e era chamado por muitos para tratar das suas doenças nas cidades e vilas onde não havia médicos)…

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A Minha Vida Ficou Mais Florida (3)

5 de abril, 2008

Ontem, a “V” (nossa secretária—ver aqui) e eu saímos cedinho para ir à Feira de Flores na CEAGESP. A nossa missão—achar algo para substituir as flores-do-Natal (poinsétia ou bico-de-papagaio) das janelas da sala de estar que, infelizmente, perderam seu viço e seu vermelho e viraram plantas esvaziadas de folhas, com uma cor verde apagada, sem vigor.

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Quando as colocamos lá, no início de dezembro, ficamos conhecidos no prédio como “a família que colocou as flores nas janelas” (ainda não conheço nem a metade dos moradores mas eles, a maioria residentes de longa data e que têm familiaridade para conversar entre si, sabem quem somos). E, realmente, estava muito lindo. Eu atravessava a rua para comprar remédios na farmácia e pensava com meus botões que o nosso andar dava um certo tom de classe ao edifício todo. E quando amigos vêm para conhecer o nosso novo lar, sempre coloco o andar florido como um dos pontos de referência…

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